segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

DISCURSO RELIGIOSO: FUNÇÕES E ESPECIFICIDADE


Cleide Emilia Faye Pedrosa (UFS)

Introdução
Das Teorias do Discurso e Análise do Discurso, selecionamos as funções e características dos discursos institucionais, especificamente, do discurso religioso e teológico como base teórica do desenvolvimento deste artigo. As abordagens teóricas serão acompanhadas de indicações de quando, onde ou como pode ocorrer o aspecto mencionado.

Especificidades
do discurso esotérico e exotérico
E necessário, primeiramente, entendermos o que significa esotérico nesse contexto de discurso. “Esotérico é aqui um termo técnico para designar o discurso destinado aos membros de uma instituição” (RODRIGUES, 2002: 220, nota de rodapé). Assim, para sua compreensão, exige-se o domínio de representações simbólicas, por isso, esse discurso se torna opaco para os que não pertencem ao corpo dessa instituição. Essa e uma boa orientação para que membros de um corpo religioso que estão acostumados com sua própria linguagem simbólica se preocupem em alternar o código lingüístico quando por ocasião de serviços litúrgicos para os que não apresentam o mesmo pertencimento religioso.
Um outro conceito chave, pertinente a este contexto, é exotérico, – diz respeito às modalidades discursivas que não pertencem exclusivamente a um corpo institucional, porém a todos indiscriminadamente. O entendimento desses dois conceitos-chave pode ajudar a membros de uma comunidade ou instituição religiosa serem mais eficazes em sua comunicação.
Às vezes, os membros de uma instituição estão tão imbuídos de seu vocabulário e construções lingüísticas que não se apercebem da opacidade lexicológica, da especificidade da linguagem inerente ao seu mundo religioso. A simbologia que se constrói a partir de crenças e doutrinas se torna tão legitima que muitos não se dão conta o quanto pode ser hermético o discurso religioso para os que não professam a mesma fé.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Teologia da Prosperidade versus Responsabilidade Social

 Há um grave mal-entendido sendo difundido entre os cristãos contemporâneos. A concentração de riquezas jamais foi sinal de bênção e aprovação divinas. Pelo contrário, é um sinal claro da injustiça prevalecente no mundo. Deus jamais aprovou tal modelo. Pelo contrário, Sua Palavra o denuncia freqüentemente, conclamando os homens à prática da justiça.

“A vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta das suas delícias. E esperou que exercessem justiça, mas viu opressão; retidão, mas ouviu clamor. Ai dos que ajuntam casa a casa, e reúnem herdade a herdade, até que não haja mais lugar, e fiquem como únicos moradores da terra (...). Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal, que fazem da escuridade luz, e da luz escuridade, que põem o amargo por doce, e o doce por amargo”

Fonte: Pulpito Cristão Click Aqui e Leia Todo Artigo